Eu já comentei algumas vezes por aqui sobre meus episódios de luta contra seres estranhos da natureza, mas há um deles que é digno de Oscar.
Foi no ano de 2002, 2003, acho. Faculdade, dividindo o apartamento com uma amiga. Numa das noites quentes de Marília, estamos lá falando, ouvindo música, a casa inteira aberta. Foi então que olhei na direção da janela da cozinha e notei algo brilhando. Uns minutos de silêncio interrompendo a conversa e a constatação: tem um bicho ali.
Minha amiga se aproximou da janela: é enorme, brilha, tem asas, sei lá o que é isso, mas se a gente fechar a janela, fica para fora. Pronto! Tudo resolvido! Não, claro que não: o "sei lá o que é isso" entrou voando pela casa. O barulho das asas batendo era muito pior que abelha preta. Era um helicóptero sobrevoando a sala. Nossa reação? Clássica: aaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhh e corremos nos trancar no quarto. Ficamos muito tempo ouvindo o helicóptero voar e bater em tudo na sala.
Quando enfim o silêncio dominou a sala, começamos a traçar nossos planos de ataque. Primeiro tentamos definir o que era o tal bicho. Só conseguimos classificar como "inseto enorme horrível que voa". Se é inseto, o inseticida deveria matá-lo. Então a Flávia sairia pela porta da lavanderia, pegaria o inseticida e me passaria pela janela do quarto. Aí ela ficaria protegidinha lá enquanto eu atacava o bicho. Ele morreria e fim. Ah tá...
Rolaram umas 3 tentativas da Flávia correr até a lavanderia, porque cada vez que abríamos a porta o helicóptero levantava voo. A cada tentativa nosso medo e nossos olhos aumentavam. E a pergunta era "o que é isso?". Enfim o bichinho decidiu ficar parado na janela da sala e muito lentamente consegui abrir a porta. Enquanto ela correu para lavanderia eu fiquei observando o invasor. Descobri o que era: uma mosca mutante. Deu pra ver o brilho esverdeado, o formato das asas, os olhos enormes. Uma mosca maior que uma barata. Uma mosca mutante.
Fui então para minha parte do plano: matar a mosca mutante com inseticida de mosca comum. Abre a porta do quarto, mira e... 1º jato - ela saiu voando; 2º jato (um pouco maior) - novo voo; 3º jato - idem; 4º jato - consegui encurralar a mosca mutante num canto e dispensei meia lata de inseticida naquela fdp! Quando parei as asas estavam brancas e cheias de espuma. A mosca deu aquela mexidinha de mosca nas asas, limpou as patinhas e VOOU! Nova onda de gritos e daí pra frente a coisa virou um pandemônio: a Flavia entrou com uma vassoura, a mosca mutante voava, eu com o inseticida, todas gritando. Enfim o bicho foi abatido.
Anos depois, estou eu na escola com as crianças, e uma vem correndo com a carcaça de um inseto na mão, rindo e assustando as outras. Eu reconheci a carcaça de mosca mutante de longe. Corri na direção da menina - O QUE É ISSO? ONDE VOCÊ PEGOU? - E ouvi uma sonora gargalhada da turma de cinco anos - Calma Prô, é pele de cigarra... Sim, minha mosca mutante era uma simplória cigarra que meus alunos pegavam na mão...
hahahahah, adorei!!! Tadinha da cigarra, gente! huaehaueha
ResponderExcluir;) Hoje eu pego na mão até viva rs
Excluirhuhauahuahuahuahuahauhauahua
ResponderExcluirLembrei agora que uma ex-colega da faculdade quando voltava a pé comigo e outro amigo meu, passávamos por uma área de bosque que era cheio de cigarras e também geralmente onde tem árvores sempre caem aquelas gotas de água de chuva que acumulou em uma folha... Enfim, um dia a infeliz caiu na bobagem de perguntar pra nós (Eu e o Luis Fernando, mais sacanas que nós pra por medo não tinha) o que eram essas gotinhas que as vezes caiam das árvores sem as vezes nem tinha chovido aquele dia... kkkkk
Eu comecei: "Danisa, espera um pouco ai..." - entrei no meio das árvores a procurar uma carcaça de cigarra, sempre tinha em alguma árvore e por sorte achei... peguei na mão, levei pra ela e continuei a contar: "Tá vendo isso aqui? É a carcaça da cigarra, você sabe né, que elas trocam de pele..." - Ela respondeu com o olhar atento e curioso: "Humhum..."
Luis pescou o que eu estava fazendo e me interrompeu continuando: "Então Danisa, essa aguinha que você sente as vezes caindo na gente, é quando uma cigarra tá trocando de casca e escorre um líquido de dentro dela..."
Eu: "Isso, como se fosse uma (ai veio a palavra que apavorou ela pra sempre) 'placenta de cigarra'..."
Danisa: "PQP que NOJO! Vocês tão brincando né?"
Luis: "Claro que não, vai procurar ali pra você ver, se achar alguma casquinha dessa ali na árvore mais recente, de alguma que acabou de trocar de casca, ainda vai achar um pouco desse líquido dentro dela..."
Eu: "Mas tranquilo, isso não faz mal e logo evapora... Não tem do que se preocupar!"
Luis olhava pra mim com aquela cara de meme (sim claaaro) e resumindo:
Nunca mais passamos por aquele lado da rua, Danisa não queria mais sentir uma "placenta de cigarra" em seu ombro, ou pior, no cabelo, NUNCA MAIS!
kkkkkkkkkkkkkkkkk
Vc falou das peles de cigarra eu tenho que comentar que ADORO elas. Tenho até no meu quarto. Acho tão gracinha... tinha uma época que eu tava pegando libélulas mortas e trazendo pra cá tb.. mas são mto frágeis, não resistiram.
ResponderExcluirQualquer dia eu publico no facebook a minha cigarrinha e libélula. :)
* huehuaeua, e sim, MALDADE DE VOCÊS! fizeram a menina acreditar nesta história aí! haha
Lindo, mostra sim, também acho muito legal e nesse bosque que eu comentei tinha mesmo muita cigarra, o barulho alguns dias era insuportável! rss
ExcluirMas ah, ela se assustava com qualquer coisa, contamos uma vez uma história do manquinho que pegava as meninas que andavam sozinhas de noite aqui (ela era de sampa e veio morar aqui pra fazer faculdade) e uma parte do caminho pra casa que ela ficava ela ia sozinha, ai a gente dizia pra ela que se ela escutasse um "toc shhhh toc shhhh toc shhh" era o manquinho dando um passo e puxando a outra perna ai era pr ela correr! Ela ficava APAVORADA! kkkkkkkk
Maldade nível extreme! Tadinha, mas a gente gostava muito dela, sempre íamos com ela até a casa dela quando dava, mesmo desviando do caminho, o papo era sempre gostoso! Bons tempos aquele :)