quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Coisas belas e sujas


Lançado em 2003, dez anos atrás, é bem possível que muitos já o tenham assistido. Insisto porque é um dos filmes que coloquei na lista "facada no coração". 

Sem trocadilhos com o cerne da trama que envolve tráfico de órgãos, Coisas belas e sujas, conta a história de dois imigrantes em Londres lutando para viver na clandestinidade e sonhando com a possibilidade de legalização de suas vidas na terra da rainha.

Okwe (Chiwetel Ejiofor) é um nigeriano que fugiu de seu país por questões políticas. Dirige um táxi de dia e de noite trabalha num pequeno hotel com a camareira Senay (Audrey Tautou), uma turca que fez o pedido de legalização e por isso não poderia trabalhar ou abrigar Okwe em seu apartamento, mesmo que o usem em horários diferentes.


O filme começa mostrando todos os problemas, descasos e violências que enfrentam na vida clandestina, mas é quando Okwe descobre que no hotel acontecem estranhas cirurgias para retirada e venda de órgãos de imigrantes desesperados, que se desenrola a parte mais tensa da história. 

Por um lado, o filme nos mostra uma face européia que ninguém quer ver, mas que sabemos ser possível. Neste lado é que vemos as coisas mais sujas que algumas pessoas são capazes de fazer a qualquer outra, pelo simples fato de poderem abusar de sua vulnerabilidade. 

Por outro, mostra exatamente o contrário - a capacidade que temos de enfrentar estas situações e reconstruir a vida. 


Um filme forte, que por vezes me fez ter vontade de entrar na tela e estrangular algumas personagens. Mas valeu a pena pela sensação boa que o final me trouxe. 

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