sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Cine MSMJ - El Pasado



"A separação também pode ser parte de uma história de amor"


Filme 'O Passado' [El Pasado], 2007, direção de Hector Babenco.
"O Passado" conta a história de Rimini [Gael García Bernal] e Sofia [Analía Couceyro]: Amor adolescente que lhes rendeu um casamento que durou por 12 anos, mas que teve um fim. Um dos dois segue sua própria vida. O outro não.                                                                                                                                                                       
Minha opinião: Este é o tipo de filme que costumo classificar como Lado B, ou seja, aqueles que não possuem finais óbvios ou história clichê [são os meus favoritos]. O filme? Tem uma certa tensão, cenas de sexo [não recomendo assistir perto de alguém com quem não se sinta à vontade], daqueles que prendem a sua atenção do início ao fim e, após assisti-lo, te faz refletir sobre valores, sobre sua vida ou até sobre histórias amorosas de amigos. Enfim, a questão X do 'Passado' é sobre o fim de um relacionamento. E mostra o que vem após 'o término', afinal, como diz a frase acima, a separação também pode ser parte de uma história de amor...


Quando um namoro intenso ou um casamento [não importa o rótulo] acaba, seria saudável se apenas sobrassem as lembranças da conquista, os sorrisos - a parte feliz. Mas depois que duas pessoas se separam, sempre (ou na maioria das vezes) há uma continuação daquela história, e que nem sempre é das mais amigáveis. Entra a cena 2: as brigas, quem fica com o quê, ciúme irracional, telefonemas a fim de resolver pendências [que só trazem chateações]... Quem nunca se viu em uma situação parecida?!
Um ponto legal do filme é ter mostrado individualmente como cada um reagiu e ambos diferentemente. Talvez você se identifique um pouco com "A". Ou em outras situações da sua vida, se enxergue sendo o "B". Ou apenas se compadeça de um e não do outro [por algum motivo particular]... 

Dizem que apenas conhecemos uma pessoa quando terminamos com ela. Eu acredito cada vez mais nisso. 

***

terça-feira, 23 de outubro de 2012

TPM + Trabalhar: Combinação imperfeita


Manhã

"Bom dia, flor do dia!"

Tsc! Não existe nada mais irritante do que começar o dia, ouvindo um 'bom dia' + qualquer outra coisa com a intenção de soar bonitinha. 
"Não tá tudo bem não!" é a sua resposta mental - sim, mental, porque usar esta frase seria pedir para a encheção de saco ser multiplicada por mil. Logo, você olha com aquela cara "simpática" e solta o bom dia automático.

Impressionante como nestes dias, as pessoas parecem ter vocação para palhaço de circo. É fulano fazendo piada mais sem-graça que a do 'pavê', é ciclano brincando de te dar sustos [caso verídico] e o beltrano que te atrapalha contando casos que não te despertam o mínimo de interesse. Toda uma alegria exagerada in-su-por-tá-vel.

De repente, você se vê fugindo das pessoas. Muda o caminho, cria atalhos, some de vista. Mas Rá, você ainda vai ter que passar por uma etapa. Aquela etapa maravilhosa: a que você tem que falar com o seu chefe. Nestes dias, chefes não ajudam. Não viram os palhaços, como os outros colegas de trabalho, mas se tornam a 'Marília Gabriela' das perguntas... Justamente naquele dia que você NÃO QUER abrir a boca!  

E mais: É a impressora que dá problema, é o papel que cai no chão toda hora, é a porta do banheiro que não quer fechar direito, é o telefone que dispara a tocar. 

Caos. Palavrões. Socos e chutes imaginários. E a vontade de quebrar tudo e todos.


Tarde

Horário de almoço. Para mim, em dias normais, já é algo que me tira do sério. Refeitório cheio e, ou te sobra lugar pra sentar com aquele grupinho escroto que fala mal da roupa de todo mundo [inclusive da sua] e mais outros assuntos pedantes ou sobra lugar para você sentar com o chefe, com o big boss ou CEO da empresa. Com muita sorte e fé no santo Daime, sobra lugar em meio à pessoas que estão na mesma vibe. Mas sabemos que até nestes dias estas pessoas se tornam um pé no saco.

Banheiro feminino. Aguente, porque lá vem mais. Se o assunto é uma bosta no horário de almoço, imagine no lugar onde as pessoas realmente cagam [desculpe o termo]. 

Ok, hora de retornar ao local de trabalho. Se você tem que subir ou descer uma escada, certamente lá estará parado um ser no meio do caminho. Reparem como é 'daora a vida'... A pessoa não sai da frente, vê que você quer passar, mas parece fingir ter problema mental e dali não sai, dali ninguém tira. Planos: descer a escada em posição de voadora e deitar o maluco no chão. E caso esteja subindo, levar um taco de baseball junto, pra acertar na cabeça ou outras partes que te dê vontade na hora. Quem sabe assim estas pessoas aprenderiam, né... Sonhos... Mas na vida real, você limita-se ao 'pode me dar licença, por favor'. E daí, o sujeito finge que não te ouve e você repete com a voz do Darth Vader...

Intranet. Mais um momento ma-ra-vi-lho-so. E-mails importantes se perdem com o tanto de correntes que alguns cidadãos ainda insistem enviar. Não sei o que dá mais ódio: se é ter o desprazer de ler o título do e-mail ou abri-lo sem querer e ver a pataquada toda. E pior pior pior: as mensagens de amor, paz e libertação. "É preciso amar as pessoas, como se não houvesse amanhã". O caralho! "A vida só é dura para quem é mole"; "A paz só existe no coração dos iluminados pela bondade e blablabla... Zzzzzzzz". Vontade de responder "Envia essa po**a pra você mesmo, seu c*zão".

Repeteco: Caos. Palavrões. Socos e chutes imaginários. E a vontade de quebrar tudo e todos.

E finalmente está chegando a hora de ir embora. Você venceu mais um dia. Não mandou ninguém tomar naquele lugar, não bateu no babaca e nem empurrou aquela nojenta da sala 2. Mas daí, aparece o tal do serviço "pra ontem" nos últimos minutos. É URGENTE!!! Ahhhhhhhhhhhh!!!!!!!

...E é nessas horas que você pensa que em vidas passadas, deve ter feito da via sacra de Jesus uma micareta, não é possível! Hora de assumir a cangaceira que existe dentro de você e o resto que permanecer vivo, que não cruze o teu caminho amanhã...

FIM.

sábado, 20 de outubro de 2012

Amante x Marido

Marido de aluguel: o cara que supostamente faz todo o trampo sujo para você, mulher, que não está casada e não tem um homem para consertar vazamentos, chuveiros, trocar resistência, cortar a grama, eliminar curtos, tudo isso daí. Você já deve ter visto um anúncio. É o trabalho do momento! Porém, esses caras têm deixado a gente na mão. Logo, a conclusão é que 'maridos' fracassam até quando a gente tá pagando...

Qual a solução? Amantes... por que não? Elencamos para vocês as vantagens do amante:


Amantes - Não só dariam aquela olhada na lâmpada da cozinha como poderiam te convidar para passar um tempo lá. Se é que vocês nos entendem.
Maridos - Reclamariam antes, durante e depois do serviço e nem se você estivesse de lingerie em cima da pia iam se tocar da chance.

Amantes - Já vêm com 'cara de cafajeste-lover'. Querem coisa melhor?!
Maridos - Sempre com aquela cara de 'comi e não gostei'.

Amantes - Fazem o serviço, tratam bem e vão embora, sem deixar a roupa para você lavar.
Maridos - Querem depois que você já foi dormir e ainda reclamam da sua falta de vontade.

Amantes - Não tem hora para o sexo. Você o chama e ele vem disposto a qualquer hora do dia.
Maridos - Geralmente trabalham e broxam. 

Amantes - Se mantém sempre na fase da conquista: cheiroso, bem arrumado, cheio de mimos e elogios.
Maridos - Bom, estão na fase maridos...

Amantes - Você nunca terá a obrigação de conhecer a mãe deles, nem ter que aturar parente nenhum do cara. Sensacional!
Maridos - Sogra, sogro, sobrinhos, sogra, primos, almoço aos domingos, sogra, tias, cunhadas, sogra, sogra, sogra!!!

Amantes - Pensam em você e só em você quando estão com você.
Maridos - Estão com você o tempo todo, mas pensam em tudo primeiro - trabalho, carro, futebol, cerveja, video game, amigos - e depois lembram de você.

Amantes - Atendem a sua ligação com voz de tesão e sempre de forma criativa e sugestiva.
Maridos - Se te atendem, falam 'Que que você quer agora?'

Amantes - Podem até não lembrar da data especial de vocês, mas te enchem de presentes e mimos então você nem liga.
Maridos - Se não quiser brigar, melhor comprar seu próprio presente no cartão dele e pedir pra entregar no trabalho, pra ele te dar...

Amantes - Adoram te fazer rir, conversar sobre seus programas de tv favoritos, seus sonhos, o tamanho do … do seu marido.
Maridos - Dormem.

Amantes - Você precisa da ajuda dele, é só ligar.
Maridos - Até ajudam, mas primeiro soltam o velho “incrível, você não sabe fazer nada sozinha!”

Amantes - Pague um jantar que eles saberão te recompensar.
Maridos - Pague qualquer coisa, a cara não muda.

Amantes - Gastam a grana deles com você, para te agradar.
Maridos - Gastam a grana deles com as amantes, a não ser que você gaste primeiro!

Amantes - No trânsito: Você dirige e ele te acha a pilota! Só elogios.
Maridos - Sempre te rebaixam, te deixam nervosa e só sabem ressaltar o quanto mulheres não levam jeito pra coisa. Argh!

Amantes - Seja lá como ele for: 'atrapalhado', 'tímido', 'bruto', não importa, o cara sempre será um tesão e você só verá graça.
Maridos - Se for atrapalhado, você vai achá-lo um songo-mongo. Se for tímido demais, songo-mongo. Bruto, será simplesmente bruto e, songo-mongo.

Amantes - Riem de todos os seus micos.
Maridos - Morrem de vergonha dos teus micos e te fazem sentir o mesmo.

Amantes - Durante o sexo: beijam sua boca e tudo o mais que você quiser.
Maridos - Ainda beijam?

 ***


Obs: Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Fizemos apenas pela brincadeira. ;)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Livro: How To Think More About Sex


Você sabe por que é atraída pelas pessoas que te atraem? Sabe o que os seus fetiches têm a ver com o tipo de arte que você admira? Sabe o real efeito que a infinita disponibilidade de pornografia tem na sua vida e na sociedade como um todo?

Essas e muitas outras questões são abordadas pelo filósofo pop Alain de Botton no livro "How To Think More About Sex". E se você leu a palavra "filósofo" e já deu aquela broxada, fique tranquilo. O linguajar do cara é o mais acessível possível, e a leitura chega a ser bem divertida em vários momentos. 

(O único problema é que o livro, infelizmente, não foi traduzido para o português ainda. Vai ter que comprar na Amazon ou encomendar naquela livraria chique. Mas vale a pena)



No fim, o livro é uma junção extremamente interessante desses dois mundos bem separados: a filosofia e o sexo. Porque, como diz na introdução, não é que a gente pensa pouco em sexo – é que a gente geralmente não pensa do jeito mais certo. ;)


> Dica de livro enviada por Fabio Bracht. 
> Caso tenha alguma sugestão de livro, entre em contato com a gente pela Fanpage ou pelo e-mail msmj.blog@gmail.com. :)

sábado, 13 de outubro de 2012

Qual era sua ideia de felicidade quando você era criança?


Crianças sonham com o dia em que serão adultas. Sonham em ser astronautas ou cantoras e aparecer na tv. Sonhávamos em ter um fusca igual o do vizinho ou aquele carro incrível que mal sabíamos o nome. Queríamos namorar um cara que fosse parecido com o galã da novela ou, no caso dos meninos, aquela professora da 2a série. Tínhamos sonhos de consumo material, vida profissional e até uma idealização amorosa. Mas, mais do que isso, acreditamos que todos nós tínhamos um único sonho em comum: SERMOS FELIZES.

E para o Dia das Crianças deste ano, o Minha Saia é Mais Justa convidou os leitores a participarem com a gente deste post. As respostas você confere agora:

Tatiane Leal: Quando criança sonhava em morar em um sobradinho com portas e janelas de madeira, um uno mille na garagem, ser uma executiva de sucesso, com corpão violão e uma filha com cachinhos dourados e olhos azuis... ah e tb um moreno, alto, bonito e sensual... hehe!!! Hoje meus sonhos mudaram...mas bem que um corpão violão eu queria ter... kkkk

David: A alguns anos atrás, voltando do trabalho, me relembrei disso tudo e comecei a rir sozinho quando pesei toda essa história: Meu pai criou mesmo uma empresa dele de desenvolvimento de software e eu até ajudo ele, mas apenas no meu tempo livre, trabalhei demais no começo do meu casamento e vi que realmente não era aquilo que queria pra mim, família é mais importante e não tenho ambições de ser rico, apenas quero ser bom pai e marido... CASEI, e Graças a Deus não foi com a prima da vizinha lá de Pernambuco que havia reencontrado no Facebook esses dias e está LINDA (a vizinha), mas a prima dela tá HORRÍVEL, mas tadinha, casou também! rsss E sobre as invenções e viagens no tempo... Bem, esses eu continuo vendo apenas nos filmes, prefiro curtir cada minuto do meu tempo atual com minha família e aprendi que o a melhor infância de todas que eu já tive, é a infância do agora, é a que vivo com minha família, com meu filho, com meus amigos e a que cada dia eu vou aprendendo e "enjuvelhecendo" cada dia de minha vida! ;D

Juliê: Eu, a canceriana mor, passei boa parte da minha infância entre meus sonhos... Eu queria ser bem sucedida na minha carreira, independente, viajar muito, não queria ter filhos nem casar, namorar bastante e ter uma biblioteca gigantesca (qdo eu era criança não existiam PC's com capacidade armazenar milhares de livros rs), queria falar vários idiomas e queria participar da ONU... ah, tbm queria ser paquita e arqueóloga rs. Uma parte dos meus sonhos se realizou. Quem lembra de mim no Xou da Xuxa??? Brincadeira rsrsrs. Bjosss

Priscila Aguiar: Quando eu era criança tinha mania de conversar com as minhas irmãs sobre quando a gente 'era grande' ... as ideias ... contávamos sobre os nossos carros, geralmente algo do tipo o carro da Barbie, profissão, roupas e etc. Mas lembro q meu sonho mesmo era ser desenhista e trabalhar nos estúdios Maurício de Souza, mas, as coisas mudaram totalmente de rumo, pq né ... hoje em dia eu sou economista.

Fernando Macedo: O meu ideal de infância se alternava: ora queria ser cientista, ora escritor (fascínio pelo mundo dos livros). Mas, o que mais me chamava a atenção eram os mendigos, sempre perguntava para os meus pais, e não obtinha uma resposta. Era..somente: Fique longe, deles..rsrs

Mica: Eu lembro pouca coisa do que sonhava para o futuro: ser bem sucedida profissionalmente, ser escritora, fazer psicologia, conhecer Paris, ser rock star, linda, alta e ter seios grandes. Lembro mais do que eu queria realizar ainda na infância: fazer violão e ballet clássico, escrever um livro, ser a melhor aluna da sala, ser mais alta pra ficar em último na fila, saber cozinhar e ir ao show do Legião Urbana e da Madonna. Acabo de constatar que eu já era bem parecida com o que sou e ainda tenho alguns destes sonhos na minha listinha... 


Kelly: Meu sonho de consumo era ter um Escort XR3 vermelho, haha. Queria ser linda e ter cabelo comprido [pq quando criança, meu cabelo sempre foi chanel e curtinho]. Sobre profissão, eu gostava de muitas coisas, mas sonhava em ser uma cientista. Daí, eu mesma brincava de fazer experiências com meus amigos e anotava no meu caderno. Enfim, eu queria ser bem sucedida em tudo. Queria ser sucesso, ahuehaua. E, achava que quando fosse grande, eu teria tanto dinheiro que conseguiria tirar todos os cachorros da rua...


Que tal nos contar também, qual era a sua ideia de felicidade quando você era criança?

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

MSMJ FM: Atari Teenage Riot


Hoje resolvi radicalizar! A verdade é que o meu gosto é bem longe de agradar ecléticos e cultos. Já cansei de falar que rock é vida! E essa banda é definitivamente uma das melhores bandas do mundo!
Atari Teenage Riot surgiu na Alemanha da década de 90, em resposta a proliferação de bandas neonazistas que explodia pelo país. Com letras politizadas, criaram um som que misturava música eletrônica (techno), guitarras distorcidas e vocal punk. O resultado foi o surgimento de um novo estilo que foi posteriormente chamado de Digital Hardcore. O som é tão inflamado, que a banda ficou famosa por arranjar confusão com a polícia e terminar os shows com brigas. Chegaram a ser presos num evento antinazista em que tocaram "Revolution Action", uma das minhas preferidas. 


Conheci o Atari através de um amigo. Ele baixou várias e montou uma seleção que agitou muitas das nossas festas. Tenho o CD (isso mesmo CD) até hoje e sei a sequência de cor. O melhor desta seleção é que são todas super dançantes no estilo quebra tudo. 


Lembro bem de uma sexta que cheguei, ele conversando com outro amigo nosso, uma coisa super tranquila. Aí um olha pro outro "então vamos trabalhar?" e as respostas foram imediatas. Atari tocando pra dar o clima e depois balada a noite inteira. 


A banda se separou em 2001, após a morte de Carl Crack. Alec Empire e Hanin Elias seguiram com projetos solo, mantendo o estilo digital hardcore vivo. É bem verdade que muito pouco foi feito nessa linha depois do Atari. Em 2010 a banda se reuniu e lançou uma nova música, mais tarde um álbum inteiro e com nova formação. Hanin continuou em carreira solo, aliás o som dela já vale um próximo post. 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Tenho 30 anos e moro com meus pais

Não sei dizer a data certa, mas suponho que há uns anos atrás era inconcebível a ideia de morar com os pais depois de uma certa idade. Na real, fácil chutar que qualquer sonho adolescente era justamente este: Ter seu próprio cantinho.
...Tempos difíceis os de hoje: Você chegou aos 30 anos (ou está quase lá) e ainda mora com o papai e a mamãe. Contar isso pros amigos pode gerar uma gargalhada... mas, 'PERA! Você pode ter ficado em casa por não ter tido grana suficiente. Porém, também existe o grupo dos que curtem morar com a família.
Preconceito com a galera 'Tenho 30 anos e moro com meus pais'. Você já passou por isso?

Mica: Olha, confesso que tenho um pé na turma desse preconceito aí... um pé quase tirado, mas tenho. No fundo, eu não me permito ter preconceito porque acredito que cada um deve escolher o que precisa para ser feliz e eu não tenho nada com isso até que esbarre em mim. Mas como saí de casa aos 19 anos sem um puto no bolso, com a cara e a coragem, realmente questiono muito a galera que já tem 30 ou mais e ainda mora com os pais. Cada caso é um caso, existem “N” motivos. E realmente procuro entender e não ser uma julgadora impiedosa. Só que pra mim, ter sua casa e cuidar da própria vida é essencial. Enquanto não se faz isso, não se é realmente responsável por si.

Kelly: Vejo sentido. Mas, vou defender o meu lado e explicar minha situação [já que não tem como adivinharem]. Eu saí de casa pela primeira vez aos 18 anos de idade, pra morar em outro estado [Santa Catarina]. Não deu certo, tive que voltar. Depois, com 20 anos, morei 2 anos e meio sozinha. Experiência ótima, excelente, me fez crescer, etc e etc. Não me arrependo de ter saído de casa. Mas também não me arrependo de ter voltado. Minha atual situação é a do grupo que está perto dos 30 anos mas ainda mora com os pais. E digo que: Eu poderia me meter em uma kitnet ou apartamento e me manter com o que ganho. Mas hoje, digo HOJE, eu não quero. Por quê? Porque por mais infantil ou estranho que isso possa parecer, sei lá, eu realmente aprecio a convivência com a minha família. Logo, não tenho planos em me mudar tão já, e muito menos por acharem vergonhoso. Se eu tô feliz aqui, vou ficar aqui. Simples, 'galere! =P

Mica: Da forma como eu encaro isso, eu vejo a sua situação em outro plano: você já saiu, voltou, saiu de novo, voltou, escolheu ficar. Você teve muitas experiências (até mais do que eu, que nunca voltei) e escolheu ficar porque gosta. Quem nunca saiu não sabe o que é viver sozinho, nem na parte boa, nem na ruím. Não sabe o que é ter que pagar TODAS as suas contas, cuidar da casa, organizar a vida e ainda fazer de um jeito em que se sinta bem. Conheci vários caras (principalmente caras) que diziam que iam sair um dia, mas era foda porque aí iam ter que lavar roupa, fazer comida... Aff... Imprestável preferir morar com os pais porque não quer lavar a própria cueca!

Kelly: Ah, aí sim, concordo. Entra no lance de 'não vou sair de casa porque sou preguiçoso ou porque não quero ser independente'. Ok, isso me broxaria em um cara. Na real, eu acho o seguinte: é muito válido sair de casa por todas as situações que você mencionou acima. Sem cair em contradição, acredito que esta é uma situação que todo adulto DEVE vivenciar. Porém, se o lance não é preguiça de cuidar das próprias coisas ou assumir suas despesas, não vejo porque tanto "auê". Eu me lembro que há muitos anos atrás vi uma entrevista com o Supla, falando que ainda morava com o pai dele, o Suplicy. Na época, eu ainda não havia saído de casa e não o compreendi muito bem. Ele dizia estar lá com o pai porque gostava, simplesmente. Hoje me vejo neste caso. Adorei morar sozinha. Mesmo!! Foi uma época muito feliz, foi uma fase importantíssima. Mas o presente me satisfaz, ainda mais quando sei que isto vai acabar logo [afinal, quando se está perto dos 30, seus pais já não são tão novos e seus irmãos também não vão ficar por muito tempo ali]. Enfim, é isso...

Mica: Eu tentei morar com minha irmã. Por duas vezes. Não deu certo. Morei com amigas e amigos, nas repúblicas de faculdade, dava certo uns dias e outros não. Mas eu só funciono sozinha mesmo. Por outro lado, vejo que de certa forma eu aprendi isso com minha mãe. Ela acha absurdo um adulto “ficar vivendo as custas dos pais”. É assim que ela vê. Acha que quem está morando com os pais não assume e no fundo se aproveita dos pais. Depois de uns anos que eu estava fora, uma irmã casou e a outra se mudou para o vilarejo. Minha mãe saiu de uma casa de 3 quartos para uma de um quarto e mandou minha cama para Marília. Hoje ela diz que não quer morar com a gente, que se sente melhor tendo a casa dela e fazendo o que quiser. Nos falamos todos os dias, nos vemos sempre, mas cada uma na sua casa. E sabe, as pessoas estranham horrores. Já ouvi muito “mas PORQUE você não mora com sua mãe!?” Para muita gente é como se eu tivesse abandonado-a. Para nós é o caminho normal da vida.

Kelly: Compreendo, respeito e não me intrometo. Acredito então ser um lance de educação familiar [?]. Aqui em casa não rola disso... Houve épocas de eu estar morando aqui e um dos irmãos não [como sentíamos falta!] E quando ele voltou, foi uma festa! Acrescento também que ninguém aqui é mimado por conta disso. Cada um paga suas contas, tem a sua vida. Mas no final, todos depois de um dia de trabalho, voltam para o mesmo lugar: nossa casa. Eu gosto disso, assumo. Tá, não está nos meus planos viver aqui pra sempre [como disse, estou vivendo o 'agora' como eu quero], mas sei que daqui um tempo vou querer sair de novo. E sei que quando voltar, nem todos estarão aqui. Meio deprê, porém, é por isto que tenho aproveitado o 'HOJE'.

Mica: É, é algo familiar. Acho que o fato do meu pai ter falecido quando eu tinha 13 anos, também conta. Ele também era favorável a “filhos com sua vida”, mas minha mãe precisa de privacidade. Ela é uma mulher solteira. Quero que ela saia, namore, leve seus namorados para casa, faça um jantarzinho romântico. Sem ter a filha vendo TV na sala... Era importante pra ela ter esta liberdade. Assim como é importante pra mim, porque também sou solteira. Já vi pessoas que moram com os pais para cuidar deles, que já são velhinhos. Acho isso admirável, me emociona. Tem quem `tá numa fase ruím mesmo de grana, saúde, e precisa ficar num local seguro. Por isso que disse “N” motivos. Estas situações e agora a sua, me fazem pensar que super normal a pessoa estar com os pais. Mas outros que demonstram que no fundo a pessoa prefere continuar sendo filho a assumir a própria vida, me fazem desistir dela. Crescer, abrir a mente, chegar mais longe é algo que considero muito importante numa pessoa.

Kelly: E agora? Momento saia justa! O que o você, leitor, pensa disso?


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Uma pergunta. Três respostas.

Mais uma edição da sessão que é sucesso! Se você não conhece ainda, pode conferir aqui o que tem rolado! 

Leitora pergunta:


"Estou com vontade de colocar silicone, quero aumentar a minha sensualidade. Qual a opinião de vocês sobre o silicone?"

Homem #27 anos: Silicone antes de estética é mental. Conheço várias mulheres que simplesmente surtaram depois da cirurgia. Não estavam preparadas pra mudança, ficaram insuportáveis. Sensualidade não tem nada a ver com silicone ao meu ponto de vista, muitas mulheres só com um salto alto já passam essa intenção. Já fiquei com mulher com e sem silicone. Sou mais uma mulher natural porque parece que elas não são 100% focadas em estética, rola mais identificação comigo, visto que odeio mulher fútil.  Mas já fiquei com mulher de silicone que fez pra ter essa sensualidade e estava preparada psicologicamente pra essa mudança, então foi legal.


Mulher #28 anos: Eu acredito que a sensualidade de uma mulher independe do tamanho dos seios ou quadril... Há mulheres extremamente charmosas e sensuais e que não apresentam o padrão 'Panicat'. Sensualidade pra mim, está mais ligado à atitude do que corpo. Logo, nem toda mulher taxada de 'peituda' é atraente. Mas enfim, se você acha que vai se sentir melhor ao se olhar no espelho e ver seios maiores, terá meu apoio porque fez algo que te fez feliz. Mas se por acaso existir alguma insegurança do tipo 'Isto realmente é necessário na minha vida?', eu adiaria a ideia por um tempo. Em contrapartida, aproveitaria o dinheiro que seria usado para a cirurgia e faria algo muito legal: Como fazer uma viagem sensacional ou gastaria com outras coisas significativas.

Amigo-gay #25 anos: Bom querida, pra começar essa conversa você tem que ter certeza que está fazendo isso pra se sentir melhor, fazendo isso pra VOCÊ. Esse negócio de querer agradar homem ou fazer inveja nas recalcadas não está com nada! Se você já tem certeza disso, corre pro abraço! Faça sem medo de ser feliz, porque eu, como amigo-gay-pobre-desbundado que sou, não pensaria duas vezes pra colocar o tal silica. #mecondenem! Só que antes preste atenção! Escolha um bom médico e um bom hospital, veja referências de ambos, entre no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e tire toooodas suas dúvidas, entre no site do CREMESP e fuçe o passado do seu médico, igual mulher traída... Porque não adianta nada virar a Pamela Anderson pra encontrar Jesus Cristo! É isso aí, linda! Desfile os peitos novos pelo mundo! Bééjs!

* * *

Qualquer pessoa pode participar! Para mandar sua pergunta, entre em contato com a gente pela Fanpage ou pelo e-mail: msmj.blog@gmail.com. Se você quer participar respondendo as perguntas, entre em contato que colocamos seu nome na lista. :)

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Pra esse eu tiro a saia: Guilherme Winter

Ahhhhhhhhh, que gracinha!!!!


Pra quem não conhece: Guilherme Winter, 33 anos, paulista, ator global. 

Este cara foge um pouquito do que eu costumo dizer aqui sobre os caras para quem eu 'tiraria a saia'.. afinal, o Guilherme tem cara de bom moço, né? Daqueles que a gente apresenta pra mãe e ela fala 'Filha, pode casar com ele agora!!!'.
Mas não sei explicar o que acontece, eu realmente me simpatizo por ele, mesmo com essa cara de bonzinho. O Guilherme me chamou a atenção na novela Ti Ti Ti de 2010. Assisti sim e ria muito, não tenho vergonha de assumir. E digo mais, torci horrores pra ele ficar com a Marcela no final. Lembro que fiquei p' da vida por ela ter ficado com o Caio Castro lá. Mil vezes o Guilherme, gente, mil vezes!

Marcela, sua louca!!!
Guilherme, você faz o tipo 'homem-delicinha-namoradinho-perfeito'. Continue sendo o bom rapaz que aparenta ser e deixe o lado rebelde pra mim, não ligo. E ainda te faço feliz. Combinados?